O Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação Básica (SEB), realizou na terça-feira, 18 de junho, o primeiro webinário do Ciclo I: Políticas Educacionais em Contextos de Emergência. Foram discutidas a implementação de políticas educacionais e as desigualdades diante de contextos pandêmicos pela covid-19. O evento, destinado a agentes da educação de todo o país, foi transmitido pelo canal do MEC no YouTube.
O encontro buscou apresentar as relações entre a segregação socioespacial, gestão escolar e desigualdades observadas na educação durante a pandemia e na retomada das aulas. No webinário, foram analisados dois contextos distintos, na França e no Brasil, apontando similaridades e desafios que a educação nesses países deve enfrentar.
Os objetivos do webinário foram apresentar parte dos resultados da pesquisa “Implementação de Políticas Educacionais e Desigualdades frente a Contextos de Pandemia pelo Covid-19” — apoiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) — e trazer um diálogo entre a experiência da França e do Brasil na pandemia e na retomada das aulas. O encontro teve como público-alvo servidores dos ministérios federais; secretários estaduais e municipais e suas equipes; profissionais da educação; pesquisadores; e interessados no tema.
O diretor de Políticas e Diretrizes da Educação Básica do MEC, Alexsandro Santos, afirmou que a meta dos webinários é aproximar e fortalecer os vínculos entre a pesquisa, a educação e as políticas públicas de educação básica. Ele falou sobre o tema “As desigualdades na educação: olhares pós-pandemia”, e ressaltou que a realidade vivida pela França durante a pandemia de covid-19 é semelhante à do Brasil.
“Pudemos enxergar os efeitos e os impactos do contexto vivido na pandemia a partir de uma ideia bastante comprovada nas nossas pesquisas, de que, mesmo antes desse trauma vivido, o sistema educacional brasileiro já era muito desigual e já apresentava dramáticas desigualdades estruturais na oferta da educação, seja em termos de acesso à escola, permanência e nos resultados de aprendizagem”, apontou.
Alexsandro Santos ainda informou que a pandemia aprofundou essas desigualdades e trouxe outras que não estavam tão visíveis, impactando principalmente territórios mais pobres. Além disso, ele destacou o aumento da segregação racial no Brasil e como isso afetou diferentes grupos de estudantes.
A programação do encontro incluiu a exposição de experiências nacionais e internacionais, além de debates. Participaram da abertura representantes de associações e universidades, trazendo diferentes perspectivas sobre o tema. Em seguida, foi abordado o tema “Quais são as relações entre segregação socioespacial e a gestão escolar durante a pandemia na França?”. Os debates foram mediados por um professor da Unicid e representante da Fundação Carlos Chagas (FCC).
Esta informação foi disponibilizada pela Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da SEB.
