Visão artificial pode ser o próximo passo dos chips cerebrais

Chips cerebrais para recuperar visão
No final de fevereiro, Elon Musk, bilionário dono da Neuralink e outras empresas, anunciou que o primeiro paciente a receber chip cerebral da companhia já conseguia controlar cursor de mouse usando apenas os pensamentos.
O paciente, que não teve seu nome divulgado, não é o primeiro a se submeter a esse tipo de teste. Ao redor do mundo, outras pessoas estão arriscando implantes de chips cerebrais por motivo comum: recuperar a visão.

Como será a visão artificial
No caso dos chips da Neuralink, o paciente poderá mover estruturas usando apenas o pensamento, o que pode ser aplicado em pacientes com mobilidade reduzida, por exemplo. Outros casos estão corrigindo problemas de visão. É o caso de um dispositivo experimental do Instituto de Tecnologia de Illinois (EUA).
Como contou a WIRED, Brian Bussard, 56 anos, perdeu a visão do olho direito aos 17 devido a descolamento de retina. Anos depois, em 2016, foi a vez do olho esquerdo.

Outros casos
A Universidade Miguel Hernández, da Espanha, é outra que faz implantes cerebrais para recuperar a visão de pacientes. Quatro pessoas já fizeram o procedimento, em fase de testes.
O próprio Musk afirmou, em publicação no X, que a empresa está desenvolvendo dispositivo nesse sentido, chamado Blindsight e que já está funcionando em macacos.

Desafios dos chips cerebrais
Além da necessidade de corrente forte o suficiente para induzir a visão artificial, um dos obstáculos dos chips cerebrais é a longevidade.
Alguns podem chegar a durar meses ou anos, mas podem parar de funcionar quando o tecido cicatricial se forma do redor do implante e interfere na capacidade de captar sinais.
Como a gravidade e a duração do quadro de cegueira de um paciente influencia no funcionamento dos chips cerebrais é outro mistério que o setor terá que solucionar. Bussard, por exemplo, estava completamente cego há seis anos e teve resultados. Mas, se um dia os chips cerebrais poderão restaurar a visão por completo, teremos que esperar para ver.