Cientistas Estudam A Causa Dos Altos Patamares De Energia Das Superexplosões Estelares

Intensas tempestades geomagnéticas foram registradas neste final de semana devido a explosões solares detectadas pelo Observatório Solar da Nasa. Estas explosões, além de produzirem auroras boreais e austrais, também têm potencial para interferir nas comunicações, transmissão de energia elétrica, navegação e operações de rádio e satélite.

Pesquisadores do Centro de Radioastronomia e Astrofísica Mackenzie, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, no Brasil, e da School of Physics and Astronomy, da University of Glasgow, na Escócia, analisaram fenômenos ainda mais intensos do que aqueles que ocorreram no Sol em estrelas próximas, como Kepler-411 e Kepler-396. Um artigo sobre o estudo foi publicado no periódico Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

Essas superexplosões estudadas podem afetar a atmosfera de exoplanetas, impactando as condições de formação ou destruição de vida microbiológica nesses planetas. O estudo foi apoiado pela FAPESP por meio de três projetos.

Os pesquisadores concluíram que o modelo de recombinação de hidrogênio é mais plausível do que o modelo de corpo negro para explicar a emissão óptica de banda larga. Foram analisados 37 eventos do sistema estelar Kepler-411 e cinco eventos da estrela Kepler-396, confirmando as estimativas de energia total de explosão com base no modelo de recombinação do hidrogênio.

As explosões solares, que ocorrem em regiões ativas do Sol associadas a campos magnéticos intensos, liberam energia repentinamente, aquecendo o plasma e acelerando partículas como elétrons e prótons. Esses fenômenos energéticos afetam diversas áreas, como operações de satélites, comunicações por rádio, transmissão de energia e sistemas de navegação.

Os pesquisadores ressaltam a importância de compreender melhor a geração de luz visível pelas explosões solares, a fim de prever e minimizar seus impactos em diversas áreas. O artigo sobre o estudo pode ser acessado no link fornecido.