A Meta está enfrentando a possibilidade de ser processada nos tribunais dos Estados Unidos, sob acusação de contribuir para o agravamento de problemas de saúde mental em crianças e adolescentes, especialmente relacionados ao vício em redes sociais. Isso se deve ao fato de a empresa ser acusada de criar mecanismos para tornar o Facebook e o Instagram altamente viciantes.
Uma reportagem recente da agência Reuters revelou que a juíza Yvonne Gonzalez Rogers, de Oakland, nos EUA, rejeitou o pedido da gigante da tecnologia para invalidar acusações de dois processos movidos por estados norte-americanos. Um dos processos envolve mais de trinta estados, enquanto o outro foi iniciado pela Flórida. Ambos abordam questões similares.
Apesar de reconhecer que a legislação federal sobre plataformas digitais protege a empresa em certa medida, a juíza concordou que essa norma não elimina as alegações graves feitas pelos estados. Isso poderá levar os estados a buscar mais evidências para sustentar as acusações, aumentando as chances de o caso ir a julgamento e afetar a reputação já comprometida da empresa.
A Meta foi criticada por ignorar estudos sobre o vício em redes sociais. Um porta-voz da companhia discordou da decisão judicial, afirmando que a empresa tem trabalhado no desenvolvimento de recursos para auxiliar pais e adolescentes, mencionando especificamente as “contas de adolescente” lançadas recentemente. No entanto, especialistas consideram que os esforços da empresa ainda não são suficientes para garantir a segurança de crianças e adolescentes em suas plataformas.
Documentos internos vazados também pesam contra a empresa, revelando que ela tem ignorado seus próprios estudos sobre o impacto de suas plataformas na saúde mental dos jovens, visando apenas lucros.
