TikTok já considera encerrar as atividades nos Estados Unidos

Nesta semana, foi sancionada uma lei nos Estados Unidos que pode resultar no banimento do TikTok no país. A norma estabelece um prazo de nove meses para que a ByteDance, empresa chinesa responsável pela plataforma, transfira suas operações para um comprador americano considerado confiável.

O prazo estipulado na lei termina um dia antes do término do mandato do atual presidente dos EUA. Caso seja necessário, pode haver uma prorrogação por mais três meses para que a empresa finalize a transação.

De acordo com informações da agência Reuters, a ByteDance pretende fazer o possível na esfera judicial e prefere encerrar suas atividades nos EUA a vender o aplicativo. Atualmente, o TikTok representa uma parcela pequena da receita total da empresa, o que significa que as perdas financeiras não seriam tão significativas caso seja bloqueado no território americano.

A empresa chinesa poderá se ver obrigada a encerrar suas operações nos Estados Unidos caso não consiga anular a lei na justiça. A renúncia aos algoritmos do aplicativo de vídeos curtos teria um impacto extremamente negativo em suas operações globais.

O CEO do TikTok, Shou Zi Chew, manifestou o desejo de reverter a decisão na justiça, destacando que isso afetaria negativamente os 170 milhões de americanos que utilizam diariamente a plataforma. Desde a gestão do ex-presidente Donald Trump, o aplicativo tem sido alvo de acusações por suposto compartilhamento de dados de usuários com autoridades chinesas, o que levantou preocupações sobre a segurança nacional dos EUA.

Apesar de especialistas apontarem semelhanças entre os termos de uso da rede social chinesa e as plataformas americanas, pressões políticas tanto de Democratas quanto de Republicanos têm crescido no Congresso dos EUA para encerrar as atividades da ByteDance no país.