Metodologia permite avaliar estabilidade do solo em área degradada por mineração

A união de materiais ricos em cálcio, magnésio e querogênio possibilita a produção de um tipo de solo modificado, conhecido como Tecnossolo, que é capaz de recuperar áreas degradadas por mineração com alta estabilidade. Esse solo modificado consegue capturar mais carbono e apresenta menos emissão de CO2 para a atmosfera ao longo do tempo. A estabilidade desse solo foi avaliada por meio de uma metodologia integrada que envolveu análises térmicas, extrações químicas e incubações.

Um novo método de avaliação foi descrito em uma pesquisa publicada na revista científica Soil Biology and Biochemistry. Destacam-se nesse trabalho a utilização da técnica Rock-Eval, pouco comum em análises de solo, e a diferenciação de informações importantes como a caracterização química e a estabilidade térmica da matéria orgânica. A estabilidade da matéria orgânica influencia na fertilidade do solo, na absorção de CO2 e na resistência à compactação e erosão.

Os pesquisadores estudaram um Tecnossolo rico em cálcio, magnésio e querogênio e compararam com outros locais em condições distintas. Eles observaram que a sinergia entre o querogênio e o material vegetal no Tecnossolo proporcionou uma maior estabilidade. A inovação metodológica desse estudo possibilita abrir novas linhas de pesquisa e entender melhor os processos de sequestro de carbono no solo.

O novo método desenvolvido está sendo replicado em outros estudos, o que pode ampliar as possibilidades de pesquisa nessa área. O solo é um importante reservatório de carbono, e a compreensão dos processos que influenciam sua estabilidade contribui para o desenvolvimento de práticas sustentáveis na agricultura, mineração e restauração florestal.