Além de introduzir uma série de novos riscos para a América corporativa, os computadores que alimentam a inteligência artificial consomem muita energia. Tanto que, segundo o Wall Street Journal, a IA é um dos motivos pelos quais Michigan está gastando US$ 2 bilhões para reabrir uma central nuclear que fechou há apenas dois anos.
O jornal relata que, além de uma lei estadual de Michigan aprovada no ano passado que exige que toda energia do estado seja renovável até 2030, um enorme aumento no uso de eletricidade por data centers está aumentando a urgência de encontrar novas formas de alimentar a rede.
A Agência Internacional de Energia afirmou em um relatório sobre a demanda por eletricidade que os data centers representarão um terço das novas necessidades energéticas nos EUA até 2026 e mais do que dobrarão mundialmente até 2026 para 1.000 terawatts-hora.
“Essa demanda é aproximadamente equivalente ao consumo de eletricidade do Japão”, disse a IEA. “Regulamentações atualizadas e melhorias tecnológicas, incluindo eficiência, serão cruciais para moderar o aumento no consumo de energia.”
Em março, a Barron’s observou que empresas de energia nuclear como a Constellation Energy estão colhendo grandes benefícios nos preços das ações devido às expectativas de que serão elas a gerar grande parte dessa nova energia; as ações da Constellation estão dois terços mais altas até agora este ano. É uma expectativa com a qual eles estão mais do que felizes em seguir adiante.
“O simples fato é que os data centers estão chegando e são essenciais para a segurança nacional e competitividade econômica da América”, disse o CEO da Constellation, Joseph Dominguez, na teleconferência de resultados da empresa neste mês. “Ouvimos isso de uma variedade de formuladores de políticas, várias nações, incluindo a China, estão lutando pela supremacia da IA… Como vocês estão acompanhando de perto, há uma conversa ativa em andamento entre formuladores de políticas e partes interessadas tentando entender as implicações das diferentes formas de alimentar os data centers.
“Damos as boas-vindas a essa conversa e estamos confiantes de que qualquer exame minucioso da co-locação com usinas nucleares mostrará que é a maneira mais rápida e mais econômica de desenvolver infraestrutura digital crítica.”
