O homem por trás dos chips que impulsionam o atual boom da inteligência artificial não acredita que a tecnologia vá substituir os trabalhadores humanos.
O CEO da Nvidia, Jensen Huang, foi perguntado durante uma entrevista com o programa “60 Minutes” da CBS News sobre o que ele acha que acontecerá com os trabalhadores quando a IA e os robôs puderem fazer mais trabalhos humanos.
“Os trabalhadores trabalham para empresas. E, quando as empresas se tornam mais produtivas, os ganhos aumentam”, disse Huang na entrevista que foi ao ar no domingo. “Nunca vi uma empresa que teve aumento de ganhos e não contratou mais pessoas.”
“Acredito que ainda queremos humanos no processo, porque temos bom senso, porque há circunstâncias que as máquinas simplesmente não vão entender”, Huang acrescentou.
Huang revelou o altamente esperado novo processador da Nvidia, Blackwell, na Conferência Anual de Tecnologia de GPU (GTC) da empresa em março. Huang disse ao “60 Minutes” que o chip pode realizar “quadrilhões de cálculos por segundo” e acrescentou que a empresa espera que Blackwell “faça coisas que nos surpreendam”.
“Em algumas áreas como descoberta de medicamentos e design de materiais melhores e mais leves, mais fortes”, disse Huang. “Precisamos da inteligência artificial para nos ajudar a explorar o universo em lugares que nunca poderíamos ter feito sozinhos.”
A Nvidia se tornou a primeira fabricante de chips a atingir uma avaliação de US$ 2 trilhões em fevereiro e agora é uma das empresas mais valiosas do mundo. Seus chips H100, que alimentam os grandes modelos de linguagem (LLMs) necessários para executar modelos de IA generativa como o ChatGPT da OpenAI, impulsionaram a ascensão da empresa ao topo.
