Níquel, lítio e satélites – conheça interesses de Musk no Brasil

O multibilionário Elon Musk, além de controlar a plataforma X, que era conhecida como Twitter e vende anúncios para propaganda, também comanda outras empresas, como fábricas de foguetes e carros elétricos. No Brasil, ele mantém dois negócios – níquel e satélites – e tem grande interesse no lítio, chamado de “ouro branco” ou “petróleo do século XXI”.

Com um patrimônio líquido que o torna a segunda pessoa mais rica do planeta, Musk se dedica à mineração para abastecer suas indústrias. A Tesla, fabricante de veículos elétricos por ele controlada, fechou um contrato de longo prazo com a mineradora brasileira Vale para fornecimento de níquel. O empresário também manifesta interesse no lítio brasileiro, mineral crucial para a transição energética e para as baterias de carros elétricos.

Apesar de o Brasil não ser o local das principais reservas do planeta, o país possui 800 mil toneladas estimadas de lítio. O interesse de Musk no Brasil tem gerado preocupações, como a possível venda da empresa canadense Sigma Lithium para a chinesa BYD, concorrente da Tesla. A aquisição da Sigma pelos chineses pode fortalecer um competidor direto, o que representa um problema para Musk.

Além disso, a atuação de Musk no Brasil, especialmente no setor de satélites, tem recebido atenção especial. A SpaceX, sua empresa aeroespacial, teve aprovado o uso de satélites Starlink no país. Esse interesse do empresário levanta preocupações sobre o controle de informações, o que o torna capaz de ter influência sobre diversas áreas, incluindo as Forças Armadas e o Judiciário.