Apesar do índice de desemprego estar em queda no Brasil, ainda há uma parcela da população sem renda fixa. Essas pessoas se tornam alvos das “fazendas de cliques”, plataformas que oferecem remuneração fácil e rápida por meio das redes sociais, sem sair de casa.
As promessas tentadoras costumam atrair quem precisa de dinheiro para as despesas básicas, como contas e alimentação. No entanto, trabalhar em plataformas que visam gerar engajamento online para terceiros geralmente não resulta em um final feliz.
As “fazendas de cliques” já existem há muito tempo, mas ganharam destaque recentemente, sobretudo em 2022, devido à publicidade de celebridades, como o ex-BBB Arthur Aguiar. Essas plataformas visam aumentar a influência digital de seus clientes, gerando curtidas, comentários e compartilhamentos em perfis online.
No Brasil, as “fazendas de cliques” atuam de forma um pouco diferente, funcionando por meio de plataformas digitais nas redes sociais, em contraposição aos galpões físicos presentes em outros países. Os perfis dessas plataformas nacionais trabalham exclusivamente no mercado interno do país, atraindo clientes e trabalhadores brasileiros.
Para escapar dessas práticas duvidosas, é essencial ter senso crítico e desconfiar de ganhos fáceis. Muitas dessas plataformas operam em uma zona cinzenta, não oferecem garantias legais e não reconhecem vínculos trabalhistas. Muitos trabalhadores acabam sem receber pagamento após realizarem o trabalho.
As redes sociais, cientes dessa problemática, têm adotado medidas para limitar a atuação das “fazendas de cliques”. Empresas como a Meta têm processado aquelas que realizam esquemas de venda de seguidores, curtidas e visualizações nas redes sociais, com o intuito de coibir práticas abusivas e enganosas.