Os resultados revelaram que o tratamento é extremamente letal e específico para as células cancerígenas, sendo capaz de reduzir tumores em modelos animais de câncer colorretal sem afetar as células saudáveis.
Tradicionalmente, as terapias contra o câncer buscam inibir a proliferação descontrolada das células. No entanto, as células malignas possuem mecanismos para contornar os tratamentos e podem desenvolver resistência. Pensando nisso, o estudo explorou uma abordagem oposta, sobrecarregando as células tumorais para induzir a sua morte.
Além disso, as células tumorais que desenvolveram resistência se tornaram menos malignas, ou seja, incapazes de gerar um novo tumor. Isso é uma vantagem significativa, pois a resistência aos tratamentos convencionais é um desafio no combate ao câncer.
O estudo se baseou em um artigo publicado em 2019, onde foi demonstrado que o fator de crescimento FGF2 induz um grande estresse nas células cancerígenas, levando-as à morte quando combinado com um quimioterápico. A pesquisa atual utilizou dois fármacos experimentais para inibir proteínas específicas e sobrecarregar os tumores.
O grupo de pesquisa liderado por Hugo Armelin está testando diferentes combinações de moléculas para combater o câncer de forma eficaz. Resultados promissores já foram obtidos contra o tumor de mama triplo negativo, um dos tipos mais agressivos da doença.
