À medida que o clima quente e seco volta ao normal nos principais países produtores de café, os preços globais do grão estão em alta. As mudanças climáticas estão gerando preocupações sobre a escassez. Tanto os grãos mais baratos quanto os grãos arábica, de alta qualidade, tiveram um aumento significativo desde o início do ano. Segundo o jornal Financial Times, o café atingiu o preço mais alto desde setembro de 2022.
As mudanças climáticas estão gerando prejuízos às futuras safras de café, tornando-o mais caro. Atualmente, os estoques globais estão baixos, o que aumenta a volatilidade do mercado e a especulação, elevando os preços.
Diante da redução da oferta e possíveis perdas, o valor do café pode aumentar ainda mais. No Vietnã, segundo maior produtor do grão, os preços de entrega em maio atingiram máximas de US$ 3.849 por tonelada.
O Brasil, maior produtor de café do mundo, é responsável por cerca de 40% da produção global. Embora a produção de café no país tenha aumentado em 2023 em comparação com anos anteriores, as projeções indicam que as lavouras brasileiras serão as mais afetadas entre todos os produtores do mundo.
A região Sudeste, especialmente o estado de Minas Gerais, lidera a produção de café no Brasil. Em 2023, as quatro unidades federativas somaram 86% da produção nacional. No entanto, a região tem enfrentado os efeitos das mudanças climáticas, intensificando e tornando mais frequentes os eventos climáticos.
Para lidar com essa situação, estratégias como o uso de técnicas de irrigação e o plantio de árvores grandes entre as plantações são importantes para tentar mitigar os impactos das mudanças climáticas na produção de café.
