Café brasileiro custando R$ 1.800, é produzido a partir das fezes de um pássaro.

O Café Jacu: um tesouro exótico brasileiro
Você já ouviu falar do café Jacu? É um café exótico brasileiro, colhido a partir das fezes da ave silvestre Jacuaçu, e custa mais de R$ 1.800 o quilo. O motivo do preço? É considerado um dos melhores do mundo.

Como é a produção do Café Jacu
Funciona da seguinte forma: a ave ingere os frutos do café digerindo apenas a polpa e a casca, deixando intacto o grão (semente) do café.
Em seguida, o grão será higienizado, torrado e posteriormente comercializado. O café jacu é valorizado pois a ave tem o hábito de comer os melhores frutos do cafeeiro, aqueles sem defeitos e completamente maduros.
O sistema digestivo do Jacu só processa a polpa e a casca do fruto, deixando o grão com melhores características sensoriais através da fermentação natural da digestão.
A elaboração da bebida exótica acontece exclusivamente em uma fazenda localizada na Região Serrana do Espírito Santo. A Fazenda Camocim se inspirou no café Kopi Lwak, produzido com grãos extraídos das fezes da civeta.
O diferencial, segundo os produtores da fazenda, é que diferentemente do café asiático, o produzido nas montanhas capixabas se materializa por meio do ciclo da natureza, com o mínimo de intervenção humana possível.
As aves vivem livremente e voam a região como bem entendem. “Eu tive que dar prêmio no final do ano para quem colhesse mais. É assim até hoje. Imagina falar para eles recolherem cocô… Eles acharam que o patrão tinha enlouquecido”, disse ao jornal A Gazeta Henrique Sloper, proprietário da fazenda.
Graças ao café exótico, a fazenda se tornou reconhecida no mundo pela inovação e pelo sabor único da bebida.

Conheça a ave Jacuguaçu, do café Jacu
A jacuguaçu é uma ave galliforme da família Cracidae. Também é conhecido como jacu-velho (Rio Grande do Sul), jacuaçu, jacu e jacupixuna.
O jacuguaçu está presente em diversas regiões do Brasil, desde o sul do Amazonas até o Rio Grande do Sul. Apesar das ameaças como o desmatamento e a caça, o estado de conservação dessa ave é considerado “pouco preocupante” pela União Internacional para a Conservação da Natureza.