Nesta quinta-feira, às 17h51, inicia-se o inverno de 2024 no Brasil. Essa estação seguirá até 22 de setembro e terá temperaturas acima do esperado, conforme informações do Climatempo. Com o término do El Niño e o início do La Niña, a previsão é de menos chuvas em comparação ao ano anterior. Ainda que seja possível ocorrer ondas de calor entre agosto e setembro, a expectativa não é de calor intenso, havendo sim dias de frio.
O La Niña deverá começar oficialmente entre julho e agosto, com seus efeitos se fazendo sentir. Na faixa litorânea entre o Rio Grande do Norte e o Espírito Santo, o aquecimento do oceano Atlântico tende a diminuir. Enquanto isso, o Atlântico subtropical deverá aquecer lentamente, principalmente próximo à costa entre Santa Catarina e o Rio de Janeiro, devido ao escoamento de ar quente do interior do país.
Historicamente, no Brasil, os anos de La Niña resultam em temperaturas mais baixas e chuvas acima da média nas regiões Norte e Nordeste. Já no Centro-Oeste e Sul do Brasil, a situação se inverte, com as regiões Centro-Oeste e Sudeste enfrentando condições de seca, com pouca umidade no ar.
De acordo com o Meteored, as regiões Sudeste, Centro-Oeste e sul da região Norte, sobretudo o Centro-Oeste, devem começar o inverno com temperaturas de 2 a 4°C acima da média. Apesar do Nordeste ter precipitação acumulada acima da média, a chuva se concentrará mais no extremo norte e leste da região. Já no Norte, julho e agosto poderão ter chuvas abaixo do esperado.
No Sudeste, regiões como sul e leste de São Paulo, Rio de Janeiro, sul do Espírito Santo e Zona da Mata Mineira podem enfrentar momentos de frio polar em julho. No entanto, a previsão é de tempo seco, principalmente no interior de São Paulo e em Minas Gerais, principalmente em julho e agosto.
Para o mês de setembro, as chuvas serão escassas na Grande São Paulo, Grande Rio e Grande Belo Horizonte. As temperaturas também estarão um pouco acima da média em algumas áreas dos três estados, assim como no litoral do Espírito Santo. No interior do ES, as madrugadas podem ser frias, e a Serra da Mantiqueira pode ter geadas frequentes. Esse mês será propício a ondas de calor.
No Sul, blocos atmosféricos frequentes trarão chuvas volumosas no Rio Grande do Sul, principalmente no sul e leste, porém, com menos frequência conforme o La Niña se intensifica. Oeste e norte do Paraná enfrentarão déficit de chuvas, e a precipitação será um pouco abaixo da média no oeste de Santa Catarina.
Entre agosto e setembro, as frentes frias trazidas pelo deslocamento oceânico afetarão o sul e oeste do Rio Grande do Sul, com temperaturas um pouco abaixo da média e ar frio polar. Paraná e Santa Catarina terão picos de temperatura acima da média histórica, em especial o norte do Paraná. O inverno de 2024 terá mais dias de frio em relação ao ano anterior, e regiões mais altas do RS e SC poderão ver mais neve este ano.
