A Academia Chinesa de Ciências divulgou recentemente o atlas lunar mais detalhado já feito. O mapa revela a existência de 12.341 crateras, 81 bacias e 17 tipos de rochas na Lua.
Mais de 100 pesquisadores dedicaram-se à elaboração do documento ao longo de uma década. Ross Mitchell, geofísico do Instituto de Geologia e Geofísica em Pequim, ressalta que toda investigação geológica tem início a partir da observação de um mapa geológico.
O novo atlas lunar é considerado um recurso de grande importância para a comunidade científica global. Ele foi montado com base nos dados coletados durante o programa de exploração lunar da China, com destaque para a missão Chang’e-1, que pesquisou a superfície lunar entre 2007 e 2009.
Além disso, as missões de pouso Chang’e-3 e Chang’e-4, realizadas em 2013 e 2019, respectivamente, contribuíram para validar a precisão dos dados obtidos pela Chang’e-1.
O atlas lunar, disponível em chinês e inglês, utilizou ainda informações de outras missões, como o GRAIL e o Lunar Reconnaissance Orbiter da NASA, bem como a sonda Chandrayaan-1 da Índia.
Esses mapas serão fundamentais para as futuras missões lunares da China e de outros países, auxiliando na compreensão da história da Lua, na identificação de recursos no satélite e em estudos geológicos comparativos. Também serão úteis na escolha de locais para futuras bases de pesquisa lunar.
A década atual tem sido marcada por uma intensa competitividade na exploração lunar. Várias agências espaciais e empresas ao redor do mundo planejam missões para investigar a Lua nos próximos anos, incluindo os Estados Unidos e a China, que têm planos para enviar astronautas ao satélite terrestre.
A China, antes de enviar tripulações à Lua, pretende lançar a missão Chang’e 8 em 2028, visando estabelecer uma base para o projeto da futura Estação Internacional de Pesquisa Lunar (ILRS, na sigla em inglês).
