Em 1916, operários que trabalhavam na manutenção de uma estrada em Hitra, na Noruega, descobriram pedaços de ossos humanos que pertenciam a um homem que viveu na Idade da Pedra, cerca de quatro mil anos atrás. Com a análise isotópica do DNA da amostra, cientistas do Museu Nacional da NTNU puderam identificar mais informações sobre esse ancestral, incluindo detalhes sobre sua alimentação e possíveis migrações durante sua vida.
De acordo com a pesquisa, o homem da pedra se alimentava de alimentos provenientes da agricultura, mesmo vivendo em uma região que estava parcialmente submersa. Mesmo não consumindo frutos do mar, a análise do histórico alimentar permitiu supor que ele não era natural daquela região. A aparência dele, com base em medidas esqueléticas e análises de DNA, indicava que tinha 169 centímetros de altura, olhos claros e cabelo loiro, e provavelmente faleceu aos 25 anos. Encontraram acessórios típicos de guerreiros da época com ele, como uma adaga e um protetor de braço.
Os pesquisadores acreditam que o homem da pedra tenha morrido afogado, dado que parte do esqueleto estava bem preservada no leito do mar. Sua alimentação sugere que ele fazia parte de uma comunidade agrícola na Noruega, que viu migrantes chegando para obter mais terras no final da Idade da Pedra. Esses migrantes, apesar de possíveis conflitos com os residentes locais, trouxeram importantes conhecimentos sobre agricultura, organização da sociedade e estabeleceram mudanças políticas, econômicas e sociais na região.
