Os resultados indicam que o tratamento é extremamente letal e específico para células cancerígenas, reduzindo tumores em modelos animais de câncer colorretal sem prejudicar células saudáveis.
Tradicionalmente, as terapias contra o câncer buscam inibir a proliferação descontrolada das células, porém as células malignas têm mecanismos de resistência. Nesse sentido, a abordagem do estudo foi sobrecarregar as células tumorais, já que elas possuem naturalmente um nível mais alto de estresse do que as células saudáveis. Com a hiperestimulação e a falta de controle desse estresse, essas células acabam morrendo.
Além disso, as células tumorais que desenvolveram resistência tornaram-se menos malignas, incapazes de produzir um novo tumor. A resistência de alguns tipos de câncer aos tratamentos convencionais tem levado os cientistas a buscaram novas estratégias.
O estudo teve como base um artigo publicado em 2019, onde foi demonstrado que o fator de crescimento FGF2, descoberto em 1973, causava estresse nas células cancerígenas. No estudo atual, foram utilizados dois fármacos experimentais para inibir proteínas que atuam nessas vias de interesse, buscando uma combinação eficaz.
O Butantan continua com experimentos com diferentes linhagens de câncer e resultados positivos já foram alcançados, como no tratamento do câncer de mama triplo negativo. Novas combinações de moléculas estão sendo testadas e os resultados devem ser divulgados em breve.
