Ao se alimentar, uma serpente pode atacar sua presa de forma rápida e letal com seu veneno, causando danos sérios. Ela também pode engolir sua presa inteira, até mesmo um animal muito maior que ela. A diversidade nos modos de alimentação das serpentes é surpreendente, considerando que são animais sem membros. Estudos recentes apontam que essa capacidade de se alimentar de forma eficaz é um dos fatores que contribuem para o sucesso evolutivo das serpentes, permitindo que consumam alimentos variados de maneiras diferentes.
Pesquisas recentes envolveram o sequenciamento do DNA de milhares de espécies de serpentes em todo o mundo, resultando em uma filogenia precisa para Squamata, o grupo que inclui serpentes e lagartos. Além do DNA, os pesquisadores consideraram informações sobre ecologia e morfologia das serpentes. A capacidade de se alimentar de maneiras diversas e eficientes, aliada a uma capacidade sensorial única, contribui para a diferenciação rápida das serpentes em comparação com os lagartos.
Estima-se que a diversificação das serpentes tenha ocorrido rapidamente após um evento catastrófico que extinguiu a maioria dos dinossauros, cerca de 65 milhões de anos atrás. A mobilidade do crânio e outras adaptações anatômicas contribuem para a eficácia das serpentes em sua alimentação. Estudos evolutivos e paleontológicos continuam sendo realizados para desvendar os enigmas sobre a origem e evolução das serpentes, utilizando dados genéticos, morfológicos e fósseis de importante valor científico.
