O voo da nave espacial Orion, da missão Artemis I, não teve o sucesso esperado, de acordo com um relatório do inspetor-geral da NASA. Problemas significativos com o escudo térmico da nave foram destacados, podendo afetar a segurança da tripulação em futuras missões Artemis.
Análises do voo de teste não tripulado realizado em 2022 revelaram que mais material do escudo térmico se perdeu durante a reentrada do que o previsto. Embora a NASA tenha garantido que não houve risco à segurança, o incidente resultou em um adiamento da missão Artemis II, agora agendada para não antes de setembro de 2025.
O relatório identificou mais de 100 locais no escudo térmico onde o material se soltou inesperadamente. O material, conhecido como Avcoat, não se comportou conforme o previsto pelos engenheiros da NASA, fragmentando-se e deixando um rastro de detritos ao invés de derreter como esperado.
A NASA realizou testes em solo para tentar recriar a perda de material, porém não conseguiram reproduzir exatamente a resposta do material ou o ambiente de voo experimentado durante a Artemis I. O desempenho do escudo térmico é apontado como o maior risco para a missão Artemis II, que será o primeiro voo espacial tripulado do Programa Artemis.
Apesar disso, a análise inicial da missão Artemis I confirmou seu sucesso, com a NASA declarando que o foguete Space Launch System (SLS), a nave Orion e os sistemas de solo estão preparados para levar astronautas em missões à Lua. A discrepância entre os resultados iniciais positivos e os problemas descobertos destaca a complexidade das missões espaciais e a importância de testes rigorosos.
A NASA anunciou que revisará os dados e fará as modificações necessárias para garantir a segurança da tripulação na próxima fase do programa Artemis.