A Universidade Federal da Paraíba (UFPB), vinculada ao Ministério da Educação (MEC), criou um foguete com o propósito de restaurar e reflorestar regiões da Caatinga. Feito com garrafas PET e fibra de vidro, o foguete é fabricado em uma impressora 3D, resultando em um instrumento sustentável e de baixo custo que distribui sementes de espécies nativas do bioma no solo.
O foguete conta com cápsulas onde as sementes são inseridas – peletizadas, ou seja, revestidas com água e um pouco de pó, para melhor preservação. O lançamento das sementes é feito no momento ideal para facilitar sua germinação ao alcançarem o solo. Em testes realizados no Cariri Paraibano, as sementes apresentaram uma taxa de germinação de cerca de 20%, tanto no lançamento manual quanto com o foguete, sem interferência no resultado final. Uma das espécies que germinaram foi o pinhão-bravo, nativo da região.
Com apenas oito lançamentos do foguete, é possível recuperar até 1 hectare de área, equivalente a 10 mil m². Além disso, o método se mostra mais eficaz e econômico do que o plantio de mudas, sendo uma alternativa simples para áreas de difícil acesso e terrenos inclinados. O uso do foguete não se limita à Caatinga, podendo ser aplicado em qualquer bioma com a seleção e tratamento adequado das sementes.
