Sob medida: como a nova vacina contra o câncer de pele funciona

Em agosto, um paciente de 52 anos passou por um procedimento para remover um melanoma do couro cabeludo e se tornou um dos primeiros pacientes a testar a vacina contra o câncer de pele. Esta vacina é feita com a tecnologia RNA mensageiro, sendo personalizada para cada paciente individualmente. Atualmente, está em fase de testes finais no Reino Unido e na Austrália, ainda não disponível em sistemas de saúde ao redor do mundo.

O melanoma é o tipo de câncer de pele mais agressivo, com alta possibilidade de disseminação para tecidos e órgãos vizinhos. Em 2020, foram registrados aproximadamente 325 mil novos casos no mundo. O tratamento tradicional é cirúrgico, porém a nova vacina pode auxiliar no tratamento e prevenção da doença.

A vacina age atacando apenas as células cancerígenas do próprio tumor do paciente, produzindo anticorpos específicos. Em um ensaio clínico de fase 2, a vacina mostrou reduzir o risco de recidiva do câncer. Os efeitos colaterais são leves, semelhantes aos das vacinas contra a gripe.

O estudo com a vacina será feito em conjunto pelas farmacêuticas Moderna e MSD, recrutando pacientes do Reino Unido. A ideia é garantir que a doença não retorne após sua remoção cirúrgica. A BBC destaca que a vacina será administrada juntamente com outros medicamentos para ajudar o sistema imunológico a combater as células cancerígenas.