Seis em cada dez escolas de ensino fundamental e médio adotam regras para uso do telefone celular pelos alunos, permitindo que o aparelho seja usado apenas em determinados espaços e horários. Em 28% das instituições educacionais, o uso do dispositivo pelos estudantes é proibido, segundo aponta uma pesquisa divulgada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil. O levantamento foi realizado junto a 3.001 gestores de unidades de ensino, tanto urbanas como rurais.
O controle do uso do celular tem se intensificado, especialmente nas escolas que atendem alunos mais novos. A proporção de escolas que proíbem a utilização do dispositivo aumentou de forma significativa entre as edições recentes da pesquisa. Nas instituições que oferecem até os anos finais do ensino fundamental, a porcentagem subiu indicando uma tendência de restrição maior.
Além disso, mais escolas também passaram a limitar o uso de Wi-Fi pelos estudantes. Na maioria das instituições de ensino fundamental e médio com internet, o acesso à rede sem fio é restrito pelo uso de senha. Houve uma redução na proporção de escolas que liberam o Wi-Fi para os alunos e um aumento na porcentagem das que restringem o acesso.
O acesso à internet nas escolas de ensino fundamental e médio no Brasil chegou a um índice alto. O crescimento maior de acesso à internet foi nas escolas de área rural. Porém, nem todas as unidades de ensino dessa característica disponibilizam o acesso aos alunos. Nas capitais, a porcentagem de acesso à internet permaneceu alta.
É fundamental que as escolas possuam dispositivos digitais em número suficiente para possibilitar o uso desses recursos para fins pedagógicos. A disponibilidade de computadores aumentou, porém gestores das escolas municipais registram a menor oferta de equipamentos para uso dos alunos em atividades de ensino.
A conectividade nas salas de aula registrou aumento entre os anos recentes, tanto em escolas municipais como estaduais, aproximando-se da porcentagem de escolas privadas. Os desafios para as administrações municipais revelam-se em uma queda de disponibilização, por exemplo, de laboratórios de informática com acesso à internet.
