Entre 2016 e 2022, 251 gigatoneladas de CO2 foram emitidas no planeta, de acordo com um relatório da Influence Map com informações do banco de dados da Carbon Majors Database. No total, apenas 57 empresas foram responsáveis por cerca de 80% de todas essas emissões de CO2. E todas pertencem à indústria do petróleo, gás, carvão ou cimento.
Entre elas, estão nomes como ExxonMobil, Shell, BP, Chevron e TotalEnergies, cada uma associada a pelo menos 1% das emissões globais.
A medição compreende o período que se iniciou logo após o Acordo de Paris. Foi o momento em que governos se comprometeram a reduzir a emissão de gases de efeito estufa. Contudo, a análise revela que a maioria dessas empresas aumentou sua produção de combustíveis fósseis e emissões de CO2 em comparação com os anos anteriores ao acordo.
E esse parece ser um padrão. Entre as empresas que estão no ranking das 122 maiores poluidoras climáticas do mundo, 65% das estatais e 55% das do setor privado aumentaram a produção desses gases.
O aumento das emissões foi maior nos países da Ásia. No total, 13 de 15 (87%) empresas avaliadas estão ligadas a emissões mais altas no período após o Acordo de Paris do que nos anos anteriores. No Oriente Médio, esse número é de 7 de 10 empresas (70%), enquanto na Europa é 13 de 23 empresas (57%) e na América do Sul, 3 de 5 (60%) empresas. Na Austrália, 3 de 4 (75%) empresas e no continente africano, houve aumento em 3 de 6 (50%) empresas.
Apesar de ser um dos grandes polos de liberação de gases, a América do Norte foi a única região onde uma minoria de empresas estava ligada às emissões de CO2 que aumentaram – 16 de 37 (43%).
Na análise histórica, desde XXXX, o topo do ranking é da China, cuja produção estatal de carvão representa 14% do CO2 já emitido. Em seguida, estão grandes empresas dos EUA, como a Chevron (responsável por 3% das emissões) e ExxonMobil (2,8%). Logo depois estão a Gazprom, da Rússia, e a National Iranian Oil Company, do Irã. Seguindo a lista, há as duas empresas europeias de capital aberto: BP e Shell (cada uma com mais de 2%) e a Coal India.
Para Daan Van Acker, da InfluenceMap, a pesquisa “forn…