Uma iniciativa do Departamento do Saúde do Reino Unido está disponibilizando animais de estimação robôs para fazer companhia a idosos aposentados. O projeto do governo, com investimento de £ 1 milhão, tem como objetivo ajudar a combater a solidão, o estresse e a ansiedade na terceira idade. Os pets serão companheiros de 1.300 pessoas em testes em Milton Keynes, Luton e Bedfordshire.
O Departamento busca avaliar se os pets, que possuem motores para movimentar a cabeça e abanar o rabo, podem auxiliar na comunicação após casos de acidente vascular cerebral, demência e dificuldades de aprendizagem. Além disso, a iniciativa visa desenvolver scanners faciais de inteligência artificial para reconhecer sinais de dor.
Uma pesquisa realizada pela Universidade de Plymouth constatou uma diminuição dos sintomas neuropsiquiátricos em residências de idosos que possuem os robôs. Pessoas com demência moderada ou grave e aquelas consideradas solitárias foram as que mais interagiram com os pets.
Mesmo sendo inicialmente criados para crianças, os robôs têm conquistado os idosos. Em um teste de oito meses em oito lares da Cornualha, apenas um quarto dos residentes não interagiu com os pets. No entanto, alguns pets sofreram acidentes, como membros quebrados.
Segundo o presidente-executivo da fabricante Ageless Innovation, Ted Fischer, a ideia de investir nesse mercado surgiu devido ao grande número de críticas recebidas por brinquedos infantis da Hasbro de pessoas que os compravam para parentes idosos.
No ano passado, a casa de repouso Oak Manor, em Bedfordshire, foi um dos locais que testou o uso de pets robóticos. Os brinquedos que imitam sons de gatos, cachorros e pássaros conquistaram alguns dos moradores. A ministra da assistência social, Helen Whately, enfatizou a importância da tecnologia na assistência social com o crescimento das necessidades de cuidados da população.