Recomposição Das Aprendizagens É Tema De Novo Webinário

O Ministério da Educação promoveu o segundo webinário para a recomposição das aprendizagens nesta quarta-feira. O evento foi organizado pela Secretaria de Educação Básica, em parceria com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, o Conselho Nacional de Secretários de Educação e o Instituto Reúna, a fim de debater a reorganização curricular e a centralidade do currículo na coerência pedagógica sistêmica. O foco foram os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), a priorização de habilidades e o alinhamento com processos avaliativos.

“No processo de recomposição das aprendizagens, precisamos levar em consideração as especificidades de cada local”, disse o coordenador-geral de Estratégia da Educação Básica, Christy Pato. “Para isso, é necessário pensar em todo o circuito de ensino, desde o processo da avaliação diagnóstica até a formação dos professores e dos currículos, culminando na criação de mediações pedagógicas que serão implementadas nas escolas e nas redes.”

A formação faz parte do Pacto Nacional pela Recomposição das Aprendizagens, lançado pelo MEC em junho deste ano com o objetivo de oferecer apoio técnico e financeiro para os municípios, os estados e o Distrito Federal executarem ações e programas com foco na melhoria dos índices de aprendizagem da educação básica. A política foi construída de forma colaborativa pelo MEC com os entes nacionais, representados pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação e pela Undime.

O próximo webinário está marcado para 1º de outubro e vai tratar de avaliação e mediações pedagógicas como estratégias de recomposição. O intuito é discutir a retomada do mapa de implementação da política e de seus processos avaliativos, além de orientar a utilização pedagógica dos dados e resultados de avaliações como o Ideb.

Contexto – O Pacto Nacional pela Recomposição das Aprendizagens foi lançado após a constatação, por meio de pesquisas e dados oficiais, de que a pandemia de covid-19 agravou a defasagem de aprendizagem no Brasil, ampliando as desigualdades educacionais já existentes. Há décadas, o sistema não garante que todos os estudantes adquiram os conhecimentos e as habilidades necessárias para seu pleno desenvolvimento. A recomposição das aprendizagens se apresenta, então, como uma tarefa urgente e de longo prazo para lidar com o problema.