Quem é mais esperto: o jovem ou o adulto? Descubra o dado surpreendente da nova pesquisa

O ser humano mais velho está mais esperto? Embora muitos pensem que o envelhecimento prejudica a cognição das pessoas, um novo estudo sugere que não é bem assim. De acordo com uma pesquisa, as diferenças cognitivas entre jovens e idosos estão diminuindo com o passar do tempo.

“Isso é extremamente importante, já que estereótipos sobre a inteligência de pessoas na casa dos sessenta anos ou mais podem estar as prejudicando — no local de trabalho e além”, afirmou o autor do estudo.

Para analisar o cenário, o pesquisador acessou bancos de dados e pesquisas anteriores sobre o desempenho cognitivo de jovens e idosos. Os registros datavam de 1960 até os dias atuais.

Ao traçar os dados ano a ano, ele identificou que a diferença de cognição por idade estava diminuindo nos últimos 60 anos. Ao analisar se o que acontecia com os jovens – aumento da capacidade cognitiva – também ocorria entre os idosos, ele descobriu que a resposta era afirmativa.
“Mas se as diferenças estão desaparecendo, isso significa que as melhorias dos jovens em habilidades cognitivas diminuíram ou que as dos idosos aumentaram?”, se perguntou o pesquisador.

Então, na terceira etapa de análise, ele utilizou dados de seu próprio laboratório para diferenciar a progressão cognitiva de jovens e idosos. Dessa forma, descobriu que enquanto os jovens tinham desempenho semelhante nos testes, os idosos apresentaram melhorias na velocidade e no vocabulário.

De acordo com o pesquisador, as novas gerações de idosos se beneficiaram de infâncias em que frequentaram a escola. Em geral, o número de crianças com acesso à educação aumentou significativamente na década de 1960.

E, claro, isso se reflete ao longo da vida, até agora que estão mais velhos. Além disso, os dados demonstram que as novas gerações de jovens estagnaram em desempenho cognitivo.

Embora existam teorias de que isso acontece por influências de tendências evolutivas ou da saúde mental, o autor da pesquisa acredita que o motivo é apenas a chegada a um limite natural. Um limite para o quanto fatores como educação, nutrição e saúde podem melhorar o desempenho cognitivo.