Quem criou a expressão Big Bang para a formação do Universo

O termo “Big Bang”, utilizado para descrever o evento que deu origem ao Universo, foi criado de forma irônica pelo astrônomo britânico Fred Hoyle. Durante uma transmissão de rádio da BBC em 1949, Hoyle, que defendia a teoria do estado estacionário, utilizou o termo para mencionar a teoria concorrente. Apesar de sua intenção inicial negativa, o nome “Big Bang” acabou se tornando amplamente adotado pela comunidade científica e pelo público em geral.

A teoria do Big Bang é a explicação mais aceita para a origem do Universo. Segundo essa teoria, o Universo surgiu a partir da expansão repentina e violenta de uma partícula extremamente densa e quente, ocorrida há aproximadamente 13,8 bilhões de anos. Essa expansão deu origem ao espaço, ao tempo, e a toda a matéria e energia conhecidas.

Nos primeiros momentos após o Big Bang, o Universo era composto por um plasma de quark-glúons, uma “sopa primordial” de partículas subatômicas em altas temperaturas. Conforme o Universo se expandia e esfriava, as partículas se combinavam para formar átomos simples como hidrogênio e hélio. A luz começou a se propagar livremente cerca de 380 mil anos após o Big Bang, no evento conhecido como recombinação.

A teoria do Big Bang é sustentada por várias evidências observacionais, incluindo a radiação cósmica de fundo em micro-ondas, que é o eco térmico da explosão inicial, e o afastamento das galáxias, indicando que o Universo continua em expansão. A abundância de elementos leves no universo, como hidrogênio e hélio, está de acordo com as previsões da nucleossíntese do Big Bang. Apesar do termo sugerir uma explosão no espaço, é importante ressaltar que na verdade descreve uma expansão do próprio espaço. O Big Bang não foi uma explosão no espaço, mas sim do espaço.