Os testes realizados pela ADEM, disse Butler, também não avaliaram amostras de água retiradas dos locais mais próximos ao depósito. E enquanto os compostos de PFAS são certamente comuns, ele disse, os especialistas concluíram que níveis elevados no corpo humano podem ser uma preocupação legítima para a saúde.
Na reunião deste mês, muitos residentes concordaram com Butler, expressando a falta de confiança de que a ADEM – ou qualquer autoridade governamental – esteja cuidando dos residentes dentro e ao redor do terreno em Moody.
Jeff Wickliffe, presidente do Departamento de Ciências da Saúde Ambiental da Universidade do Alabama em Birmingham, disse aos presentes que acredita que mais dados são necessários para entender completamente quais impactos o terreno poderia ter tido sobre aqueles que moram nas proximidades.
Por não haver fontes naturais de produtos químicos perfluoroalquil (PFAS), disse Wickliffe, é difícil acreditar nas alegações de que apenas material vegetativo foi queimado no local, dadas as concentrações presentes na água. Outros resíduos provavelmente estavam presentes, ele argumentou, para produzir os níveis de compostos de PFAS presentes nos efluentes do terreno em Moody.
Questões sobre a fonte de PFAS no sangue dos moradores, se presente, podem ser abordadas fazendo medições de fundo em indivíduos que não foram expostos aos impactos do incêndio e da poluição resultante, por exemplo, disse Wickliffe.
Testar o sangue ou urina dos moradores para a presença de tais compostos, então, pode permitir que os moradores documentem pelo menos uma via potencial de impactos do terreno em Moody em sua saúde, ele disse.
De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), aumentos na exposição a compostos de PFAS podem aumentar o colesterol, diminuir o peso ao nascer, reduzir as respostas de anticorpos às vacinas e aumentar os riscos de hipertensão induzida pela gravidez, pré-eclâmpsia e câncer de rim e testículo.
O risco de impactos à saúde decorrentes do PFAS é determinado por fatores de exposição como dose, frequência e duração, bem como fatores individuais como sensibilidade ou carga de doença, de acordo com a agência federal.
