O plástico está se tornando uma grande ameaça para os ecossistemas marinhos e para a saúde humana. Estudos realizados pelo Instituto Federal do Paraná revelaram que sete em cada dez tainhas pescadas no litoral sul de São Paulo apresentam resíduos de plástico em seus sistemas digestivos. Essa contaminação pode trazer sérias consequências, uma vez que os seres humanos podem absorver substâncias químicas tóxicas presentes nos plásticos ao consumirem peixes contaminados.
A tainha é um peixe bastante consumido no Brasil e, por isso, foi escolhido como objeto de estudo. Os pesquisadores coletaram 57 exemplares da espécie na região do Complexo Estuarino Lagunar de Cananéia, ao longo de quatro anos, contando com a colaboração de pescadores locais. A presença de microplásticos nos organismos dos peixes foi relacionada principalmente à atividade pesqueira local, já que a microfibra de nylon, componente comum nas cordas utilizadas na captura, foi encontrada em 95% das amostras.
Além dos impactos ambientais, a presença de fragmentos plásticos nos animais também representa um risco para os seres humanos, já que esses materiais podem conter substâncias nocivas como corantes, pesticidas e agrotóxicos. Portanto, é essencial buscar formas mais sustentáveis de consumo e descarte de plásticos, visando assim a preservação dos ecossistemas marinhos e a saúde de todos os envolvidos. A pesquisa realizada pode contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas mais eficientes nesse sentido.
