Sempre temos uma inclinação para um lado quando abraçamos alguém, um lado da boca onde mastigamos mais ou uma mão que seguramos a xícara. Esses hábitos podem ser influenciados por condições genéticas, assim como a definição de ser canhoto ou destro. Um estudo publicado na revista Nature Communications relacionou variações genéticas a essa lateralidade, demonstrando que um gene específico de tubulina é mais comum em pessoas canhotas do que em destros.
Os cientistas analisaram mais de 350 mil dados de variantes genéticas e descobriram que o gene TUBB4B, responsável pela codificação de tubulinas, apresentava mais variações em pessoas canhotas. As tubulinas são proteínas que se organizam em microtúbulos, influenciando a forma e movimentos das células. Eles também podem interferir na lateralidade de uma pessoa durante seu desenvolvimento, afetando a simetria cerebral.
Essa descoberta recente pode ajudar a entender os mecanismos de assimetria cerebral em todos e abrir caminho para investigações sobre a influência da lateralidade dos microtúbulos no desenvolvimento inicial do cérebro.