No último final de semana, diversos lugares do mundo presenciaram um fenômeno natural conhecido como auroras boreais e austrais. O acontecimento surpreendeu pois esse tipo de fenômeno costuma ser visto apenas em regiões polares, próximas ao Ártico ou à Antártida, mas desta vez foi avistado até mesmo em locais na região do Mediterrâneo, bem próximo ao equador terrestre.
No hemisfério sul, a aurora austral foi avistada na região de Ushuaia, na Patagônia Argentina, na Austrália, Nova Zelândia e até no vizinho Uruguai, porém não houve registro de auroras no Brasil.
O fenômeno das auroras acontece devido à interação dos ventos solares com a atmosfera da Terra. Esses ventos são compostos por partículas carregadas de energia, como prótons, elétrons e neutrinos. Dependendo da intensidade da atividade solar, esses ventos são direcionados para a Terra em alta temperatura e velocidade. Ao se aproximarem do planeta, interagem com o campo magnético terrestre e a ionosfera, liberando energia em forma de luz, criando o espetáculo luminoso das auroras.
Por conta do campo magnético da Terra ser mais intenso nos polos, as partículas solares acabam sendo direcionadas para essas regiões, explicando a ocorrência frequente de auroras nestas áreas. Como o Brasil está localizado na linha do Equador e distante dos extremos polares, não presencia esse fenômeno natural comum em regiões mais próximas aos polos.
Além disso, a diferença na composição atmosférica entre as regiões polares norte e sul também influencia nas cores das luzes das auroras. Enquanto a aurora boreal (norte) apresenta luzes verdes, a aurora austral pode apresentar tonalidades avermelhadas.
