Um artigo publicado na revista Insects detalha a importância da vespa Telenomus podisi no controle biológico do percevejo-marrom, uma praga comum em áreas de produção de soja. O estudo, realizado por cientistas da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade Estadual de Oklahoma, revelou a precisão da distância de dispersão da vespa e como sua liberação pode impactar positivamente no controle da praga.
As fêmeas da vespas localizam os ovos do percevejo-marrom nas plantas e depositam seus próprios ovos, interrompendo o ciclo de desenvolvimento da praga. Isso resulta na formação de novas vespas ao invés de novos percevejos, aumentando a eficácia do controle biológico.
Com base nos estudos realizados, os pesquisadores recomendam que os pontos de liberação das vespas sejam espaçados no máximo em 30 metros entre si, garantindo um controle eficaz da praga. Isso é fundamental, uma vez que o percevejo-marrom pode causar grandes prejuízos na cultura da soja.
O conhecimento da capacidade de dispersão da vespa Telenomus podisi possibilita ajustes na logística e técnica de liberação, otimizando o manejo de percevejos em extensas áreas de monocultura. A pesquisa contou com o apoio da FAPESP, através de diversos projetos de financiamento.
Além disso, a engenheira agrônoma Regiane Cristina de Oliveira, uma das autoras do artigo, destaca a importância de entender a capacidade de dispersão da vespa para garantir o sucesso do controle biológico do percevejo-marrom. O estudo completo pode ser acessado no site da revista Insects.