Nesta semana, a empresa brasileira Biomm anunciou um acordo com a indiana Biocon para licenciar e distribuir no Brasil um medicamento biológico com semaglutida, o mesmo ingrediente ativo do Ozempic.
A Biomm pretende lançar o “Ozempic brasileiro” no último trimestre de 2026, quando a patente do Ozempic expirar. Até lá, a Novo Nordisk da Dinamarca mantém a exclusividade da semaglutida.
De acordo com um comunicado da empresa brasileira, a Biocon será responsável pelo desenvolvimento, fabricação e fornecimento do medicamento, enquanto a Biomm cuidará da aprovação regulatória e da comercialização no mercado brasileiro.
Por determinação da SCMED, o genérico deverá ser pelo menos 35% mais barato que o medicamento de referência. Portanto, se a Biomm comercializar o remédio como genérico, seu preço máximo será de R$ 650, em comparação com os atuais R$ 1.000 do Ozempic.
Além disso, o Mounjaro deverá chegar em breve às farmácias com preços que variam de R$ 970,07 a R$ 3.836,61.
Os medicamentos Ozempic e Wegovy, feitos com semaglutida, pertencem à classe de agonistas do receptor do GLP-1, hormônio responsável por estimular a secreção de insulina e pela absorção de glicose pelas células, importante para pessoas com diabetes tipo 2.
Ozempic, Mounjaro e Wegovy são medicamentos que imitam o GLP-1, mas possuem diferentes ingredientes ativos, doses e mecanismos de ação. A Novo Nordisk produz o Ozempic, enquanto a Eli Lilly é responsável pelo Mounjaro.
É fundamental ressaltar que apenas médicos podem prescrever esses medicamentos, que, assim como qualquer outro, podem ter efeitos colaterais.
