A Figure AI e a OpenAI uniram forças para aprimorar o robô humanoide Figure-01, tornando-o mais inteligente e interativo. Em uma demonstração recente, o robô é visto conversando com um humano, seguindo comandos e descrevendo detalhadamente o que está vendo através da tecnologia de reconhecimento visual.
No vídeo, disponível no canal oficial da Figure, o Figure-01 atua como um chatbot com cabeça, braços e pernas. Assim como o ChatGPT, o robô recebe instruções, analisa o ambiente ao seu redor e responde de forma apropriada.
Questionado sobre o que estava vendo, o robô respondeu com precisão: uma maçã vermelha em um prato no centro da mesa, um escorredor com copos e pratos, e um humano em pé com uma mão apoiada na mesa. Em seguida, ao ser solicitado, o robô entrega a maçã ao humano. Após, o homem coloca lixo na mesa e pede ao robô para limpar, explicando a razão de ter oferecido a fruta.
O Figure-01 recolhe o lixo em uma cesta e justifica ter entregado a maçã por ser o único item comestível na mesa. Quando questionado sobre onde colocar o prato, o robô decide guardá-lo no escorredor, junto com o copo. Ao final, ao avaliar seu desempenho, o Figure-01 considera ter feito um bom trabalho, pois a maçã encontrou seu novo dono, o lixo desapareceu e a mesa está organizada.
O robô Figure-01 demonstra o potencial dos modelos de linguagem da OpenAI. Realizar tarefas simples como entregar uma maçã e guardar um prato enquanto interage com um humano de forma natural destaca a rápida evolução dos modelos de linguagem, como o ChatGPT. A capacidade do Figure-01 de identificar e responder ao ambiente à sua frente é impressionante, resultado de um novo modelo de linguagem visual (VLM) que confere habilidades quase humanas à máquina.
Esse modelo é resultado da parceria entre a Figure e a OpenAI, que também se inspirou em importantes projetos de empresas especializadas em robótica, como Boston Dynamics, Tesla, Google Deep Mind e Archer Aviation. Em janeiro deste ano, a Figure havia apresentado o robô aprendendo a fazer café sozinho, apenas observando um ser humano. Cada dia nos aproximamos mais de viver em uma realidade próxima do que foi descrito no livro “Eu, Robô” (1950), de Isaac Asimov.