Nova Máscara Para Tratar Apneia Do Sono Proporciona Melhor Conforto Ao Paciente

Pesquisadores da USP estão desenvolvendo uma nova máscara pressurizada para tratar a apneia do sono, visando proporcionar um melhor conforto aos pacientes. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), cerca de 32% da população da cidade de São Paulo enfrenta distúrbios do sono e precisa de uma máscara adequada para melhorar sua saúde. O projeto está sendo desenvolvido no Centro de Pesquisa e Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI), na Escola Politécnica, e já foi patenteado pelos pesquisadores. Bernardo Lemos, doutorando no departamento de Engenharia Mecânica da Escola Politécnica da USP e pesquisador do RCGI, explicou os principais pontos da pesquisa.

A máscara oronasal desenvolvida pelos pesquisadores utiliza duas câmaras com uma divisória que não possui válvula móvel, garantindo um conforto maior para os pacientes e exigindo menos manutenção, o que reduz a proliferação de bactérias. O conhecimento da mecânica dos fluidos foi essencial para a criação desse equipamento inovador. O dispositivo conta com um diodo fluídico que permite a passagem de ar em uma direção e bloqueia na outra, controlando a vazão de ar e a pressão entre as duas câmaras. Isso garante que a pressão no nariz do paciente seja maior do que na boca, evitando problemas de funcionamento.

A máscara está sendo produzida em plástico para manter o custo baixo. A impressão 3D é considerada uma alternativa viável para a fabricação do equipamento, pois permite a criação dos pequenos diodos fluídicos de acordo com as necessidades de cada paciente. A tecnologia da impressão 3D pode ser um método interessante para a produção em escala desses componentes de tamanho reduzido, oferecendo mais flexibilidade no processo de fabricação.