A startup de inteligência artificial francesa, Mistral AI, espera triplicar seu valor para US$ 6 bilhões em seis meses em uma nova rodada de financiamento.
O Wall Street Journal relata que a Mistral deverá captar cerca de US$ 600 milhões em sua nova rodada, que inclui seus investidores existentes, a General Catalyst e a Lightspeed Venture Partners, conforme a Wall Street Journal, citando fontes não identificadas familiarizadas com o assunto.
Em dezembro, a startup de código aberto AI arrecadou US$ 415 milhões em sua rodada de financiamento da Série A, atingindo uma avaliação de US$ 2 bilhões. Mistral estava supostamente conversando com investidores sobre a captação de centenas de milhões de dólares em sua próxima rodada de financiamento, e estava buscando uma avaliação de US$ 5 bilhões no início deste ano.
Em fevereiro, a Mistral e a Microsoft anunciaram uma parceria de vários anos de US$ 16,3 milhões, focada na comercialização dos modelos principais da startup e na escala de seu desenvolvimento e implementação de IA. Os grandes modelos de linguagem (LLMs) da Mistral estão disponíveis na plataforma de IA Azure da Microsoft, dando à startup mais oportunidades para promover, vender e distribuir seus modelos para clientes em todo o mundo.
A startup, fundada há um ano por ex-pesquisadores da DeepMind e do Meta AI, recentemente começou a gerar receita, conforme relatou o The Information em abril. A Mistral não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Os bilhões de dólares investidos em startups de IA, levando a avaliações multi-bilionárias, geraram céticos alertando sobre uma bolha de ações de tecnologia reminiscente da bolha das empresas ponto-com que estourou em 2000. No entanto, especialistas informaram ao Quartz que as duas bolhas são diferentes, e os temores de um estouro da bolha são míopes.
Arthur Mensch, diretor executivo da Mistral, disse que a startup quer desafiar os gigantes de tecnologia do Vale do Silício.
“Queremos ser a empresa mais eficiente do mundo de IA em termos de capital”, disse Mensch ao Wall Street Journal. “Essa é a razão de nossa existência.”
