Meio Ambiente É Tema De Oficina Do MEC

O Ministério da Educação (MEC) está realizando, nesta quarta e quinta-feira, 25 e 26 de setembro, em Brasília (DF), a Oficina Preparatória para a 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA). A conferência é organizada pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi), com o objetivo de mobilizar adolescentes e jovens de todo o país para refletir, discutir e propor projetos no contexto da temática socioambiental, além de debater desafios e alternativas para a educação ambiental nas escolas dos municípios e estados.

A oficina preparatória é um marco no fortalecimento das políticas públicas referentes à educação ambiental, reafirmando o compromisso do MEC com a promoção de uma educação que inclua a justiça climática.

A iniciativa busca ampliar o diálogo e apresentar conceitos sobre justiça climática; fortalecer as Comissões Organizadoras Estaduais e Distrital (COE); e apoiar as equipes técnicas das secretarias estaduais e distrital de educação. Além disso, pretende fortalecer a conferência em suas etapas iniciais e simular a realização da conferência nas escolas de todo o país.

A diretora de Políticas de Educação do Campo e Educação Ambiental da Secadi, Maria do Socorro Silva, ressaltou a importância da presença da educação ambiental em todas as etapas e modalidades de ensino. Destacou a necessidade de pessoas que respeitem a vida, seres vivos e não vivos, e pediu a adesão de todos os presentes para a construção da política de educação ambiental nas escolas brasileiras.

“Estou muito grata aos educadores e educadoras que acreditam que a educação tem um papel na formação de gente e na transformação do mundo”, considerou a diretora, destacando a importância da participação da juventude brasileira nesse processo.

Ainda alertou para a necessidade do engajamento de jovens na luta ambiental.

Participantes – Também participaram da mesa de abertura Neusa Barbosa, analista do Departamento de Educação Ambiental e Cidadania do MMA; Rachel Trajber, que representou o Cemaden Educação, referente ao Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI); Juana Pereira, diretora de Popularização da Ciência, Tecnologia e Educação Científica do MCTI; e Marco Neves, diretor interino da Agência Nacional das Águas (ANA).

Já a coordenadora-geral de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Anna Flávia Franco, destacou a importância do engajamento de todos para enfrentar os desafios das mudanças climáticas e ambientais no país.

“Este é o momento-chave para garantir o futuro. Nossas gerações sabiam que isso ia acontecer, mas meio que não acreditavam e, daqui para frente, não dá mais para negar: o Brasil e o mundo estão tentando caminhar para uma estratégia de futuro. Com o acordo de Paris, nos comprometemos a zerar as emissões de gases do efeito estufa até 2050, com algumas metas intermediárias. Isso é um desafio extremamente ousado para a humanidade, mas é o que vai garantir a sobrevivência da humanidade no planeta e de todos os ecossistemas”, apontou Franco.

Para garantir o futuro, Franco destacou a importância do engajamento de todos.

Programação – Haverá discussões sobre educação e justiça climática; passo a passo da 6ª Conferência; e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) relacionados. No segundo e último dia, acontecerá a eleição do projeto com seus representantes. A oficina ocorre das 8h30 às 18h, na Agência Espacial Brasileira, localizada no Setor Policial, Área 5, Quadra 3, Bloco A, SHCS.

Conferência – A Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, realizada pela primeira vez em 2003, mobiliza adolescentes e jovens de todo o Brasil a refletir, discutir e propor ações e projetos no contexto da temática socioambiental, além de debater seus desafios e alternativas no âmbito da escola, do município, do estado e do país como um todo.

Foram mobilizadas, ao longo de quinze anos (2003-2018), mais de 20 milhões de pessoas, participando de cinco edições da CNIJMA, representadas por adolescentes, jovens, professores, adultos das comunidades escolares e gestores da educação e do meio ambiente. Em média, 14 mil escolas em todos os estados brasileiros foram mobilizadas por edição.