A aerofobia é um problema que atinge quase 7% da população global, ou seja, mais de 500 milhões de pessoas possuem medo irracional de voar de avião devido aos acidentes fatais que ocorreram. O termo “aerofobia” também é utilizado para designar aqueles que sentem um certo medo, apesar de não ser tão intenso. Além disso, as mudanças climáticas têm contribuído para aumentar a turbulência em voos, o que pode intensificar o medo das pessoas em relação a voar.
No entanto, um estudo realizado pelo MIT mostrou que os voos comerciais estão se tornando mais seguros. Globalmente, o número de acidentes fatais de avião diminuiu pela metade. Entre 2008 e 2017, a taxa de mortalidade por acidentes de avião era de 1 para cada 7,9 milhões de passageiros. Já entre 2018 e 2022, esse número caiu para 1 para cada 13,7 milhões.
Essa redução na taxa de fatalidade é ainda mais impressionante se olharmos para décadas anteriores. No período de 1968 a 1977, o número de acidentes fatais era de 1 para cada 350 mil passageiros que viajavam de avião.
O estudo conduzido pelo professor Arnold Barnett, do MIT, revela que a tendência é que o número de acidentes fatais de avião continue a diminuir 7% ao ano. Dessa forma, a cada década, a aviação comercial se torna duas vezes mais segura. Isso é comparado à lei de Moore na computação, onde o poder computacional dos chips é multiplicado a cada 18 meses.
Os pesquisadores utilizaram dados do Banco Mundial, da Associação Internacional de Transporte Aéreo e da Fundação de Segurança de Aviação para avaliar os riscos de acidentes de avião fatais. Diferentes métricas foram analisadas, mas a principal considerada foi o número de mortes por passageiros que voam de avião, por ser mais compreensível e justificável.
O estudo classificou os países em três grupos distintos com base em seus registros de segurança na aviação comercial. Os EUA, Noruega, Suíça, Reino Unido, Austrália, Canadá, China, Israel, Japão, Nova Zelândia e União Europeia estão no grupo de países com menor número de acidentes fatais, representando 79% do tráfego aéreo.
Ficou evidente que, apesar de ter ocorrido uma queda no número de acidentes fatais, alguns países ainda apresentam taxas mais altas do que outros, mostrando que voar de avião está mais seguro, mas que a segurança varia de acordo com o local.
