MEC Participa De Audiência Sobre Greve Dos Servidores Da Educação

O Ministério da Educação (MEC) participou de uma audiência pública em apoio à mobilização nacional dos servidores públicos em educação, promovida pela Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados. Professores e técnicos administrativos de 53 universidades e institutos federais estão em greve. Eles reivindicam, principalmente, a reestruturação de carreira e a recomposição salarial e orçamentária.

Na semana passada, o governo ofereceu um percentual de aumento que varia de 13,3% a 31%, a ser pago até 2026, com início em 2025. Os índices de reajustes deixarão de ser unificados e variarão de forma escalonada, com base nas diferenças salariais entre os cargos da categoria. Os que ganham mais terão aumento mínimo de 13,3%, enquanto quem recebe menos ganhará reajuste máximo de 31%.

A diretora de Desenvolvimento da Rede de Instituições Federais de Educação Superior, da Secretaria de Educação Superior (Sesu/MEC), Tânia Mara Francisco, afirmou na audiência que o Ministério está dialogando com os trabalhadores e que está participando de todas as mesas de negociação. “Nós tivemos a primeira reunião na semana passada e estamos vivendo um momento de luta”, afirmou Tânia, que coordena a mesa permanente setorial da educação.

A diretora destacou que os profissionais da educação devem ser valorizados, mesmo com o quantitativo de profissionais que compõe a carreira sendo muito elevado. “Existem 250 mil técnicos, 300 mil docentes, e isso representa um investimento elevado. O MEC não concorda com essa leitura de que isso é um gasto — e não admite que seja colocado esse tipo de questão como motivo para ter um tratamento diminuído em relação a outras categorias”, defendeu.

Participantes – Também participaram da audiência: Diogo de Andrade e Luciano Matias, do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe-RJ); Luís Eduardo, do Movimento Taes na Luta; do Sindicato dos Servidores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE); Wallace Soares de Oliveira, do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe); João Alberto Rodrigues, vice-presidente do sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino Público Municipal de São Paulo (Sinesp); e Heleno Araújo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).