MEC investirá R$ 195 milhões em escolas indígenas e quilombolas no Brasil.

O Ministério da Educação (MEC), por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), uma de suas autarquias, e em parceria com os Ministérios dos Povos Indígenas (MPI) e da Igualdade Racial (MIR), anunciou nesta segunda-feira a retomada das obras de 118 escolas indígenas e quilombolas que estavam paralisadas. Para isso, foi estabelecido um acordo de cooperação com o Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS), por meio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), no valor de R$195 milhões, com duração de 48 meses e atividades previstas em 14 estados da federação.

O Ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, afirmou que o MEC está empenhado em retomar todas as obras de educação básica e ressaltou a importância da integração entre as pastas. Ele destacou que a retomada das construções que estavam paradas há anos faz parte de um conjunto de ações para garantir uma educação de qualidade e inclusão, buscando oportunidades para as comunidades tradicionais.

A Ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, enalteceu a retomada das obras nas escolas indígenas como um passo importante para levar essas comunidades ao ensino superior, contribuindo para combater o racismo e reduzir desigualdades. Já a Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, destacou que o resgate dessas escolas representa a retomada dos sonhos das populações tradicionais, que poderão sonhar com um futuro melhor.

O representante do UNOPS no Brasil, Fernando Barbieri, ressaltou que o objetivo da parceria vai além da conclusão das obras, buscando fortalecer o sistema de gestão de infraestrutura do país. Ele destacou a importância de aprimorar o contexto e o ambiente de gerenciamento de projetos do governo brasileiro para evitar paralisações, trabalhando na capacidade do FNDE em gerir infraestruturas escolares e competências específicas para atender às populações indígenas e quilombolas.