Libertação de presos: pesquisa revela causas de morte após prisão em 8 países (incluindo Brasil)

Um estudo recente da revista científica The Lancet descobriu as principais causas de morte após períodos de prisão em oito países, incluindo o Brasil. Concluiu-se que ex-detentos têm maior risco de mortalidade evitável em comparação com a população em geral.

O financiamento do estudo foi feito pelo Conselho Nacional de Saúde e Pesquisa Médica da Austrália, e analisou dados de mais de 1,4 milhão de casos de libertação de prisões em oito países, entre 1980 e 2018, considerando fatores como idade, sexo e região.

As principais causas de morte na primeira semana após a soltura foram intoxicação por álcool e drogas, assim como doenças cardiovasculares. No Brasil, as mortes por violência interpessoal foram mais comuns. Com o tempo, as causas variaram, incluindo suicídio, lesões acidentais e doenças não transmissíveis.

O estudo ressalta a importância de investir em cuidados de saúde e monitorar a mortalidade após a libertação, já que há mais de 10 milhões de pessoas encarceradas em todo o mundo.