Pesquisadores utilizaram dados do Telescópio Espacial James Webb para analisar a atmosfera da superterra L 98-59 d, descobrindo indícios de atividade vulcânica neste exoplaneta. Este planeta rochoso orbita ao redor de uma estrela anã vermelha a cerca de 35 anos-luz, na constelação do Peixe Voador.
A descoberta da possível atividade vulcânica foi revelada em dois estudos recentes focados nas características atmosféricas do exoplaneta. O objetivo dos estudos era mapear a composição química da atmosfera do planeta através da análise da passagem de luz.
Os pesquisadores concentraram-se em identificar moléculas específicas, como água, CO2 e compostos de enxofre, para obter informações sobre a formação do planeta e sua potencial habitabilidade.
A utilização do instrumento NIRSpec (Espectrógrafo de Infravermelho Próximo) do James Webb foi essencial para identificar possíveis vulcões. A técnica de espectroscopia de transmissão permitiu a identificação de moléculas na atmosfera do exoplaneta durante sua passagem pela estrela.
Dentre as moléculas detectadas na atmosfera do exoplaneta, destacam-se o sulfeto de hidrogênio e dióxido sulfúrico, elementos associados à atividade vulcânica na Terra. Essa descoberta sugere a presença de vulcões ativos na superterra.
A análise do brilho da estrela na atmosfera do exoplaneta revelou a presença dessas moléculas, que podem indicar um ambiente propício para a existência de água líquida em sua superfície. Porém, a atividade vulcânica em excesso pode ter efeitos negativos na habitabilidade do planeta, contribuindo para um possível efeito estufa.
Novas observações do Telescópio Espacial James Webb serão necessárias para confirmar a presença de vulcões ativos no exoplaneta e determinar sua extensão.