Um casal da cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul, que foi afetada pelas enchentes deste mês, está utilizando a inteligência artificial para auxiliar na reunião de animais de estimação, como cães, gatos, pássaros e coelhos, com seus tutores. A iniciativa de Gustavo Furtado e Jéssica Phoenix faz uso da IA e visão computacional para comparar as informações fornecidas pelos tutores com as dos animais nos abrigos. A plataforma utiliza um software da Monday.com como base de dados e um modelo de IA da Pix Force, com suporte das equipes da A-Players e Zeno Junior.
A ferramenta conta com quase 3 mil tutores cadastrados e 1,4 mil animais. Para localizar os animais perdidos, os tutores preenchem um formulário com informações como nome do animal de estimação, sexo, cor, porte, imagens de qualidade e número de WhatsApp para contato. O mesmo processo é válido para o registro de animais nos abrigos. Além disso, também é possível informar a presença de animais nos abrigos pelo e-mail de contato ou WhatsApp.
Segundo Furtado, é necessário integrar todas as bases de dados ao sistema em todas as cidades afetadas pelas enchentes. Até o momento, o trabalho está sendo realizado manualmente por voluntários, o que torna o processo lento. A plataforma já está operando e realizou sua primeira correspondência na semana anterior. A divulgação do projeto é essencial para unificar os dados de animais perdidos e seus tutores.
Além da ação em Canoas, o antigo centro de eventos da UFSM recebe cães e gatos resgatados das enchentes por ONGs. Os animais recebem cuidados médicos de veterinários e estudantes, além de serem identificados por microchips para facilitar as buscas. Suas fotos estão disponíveis em perfis do Instagram. Outras páginas na rede social também auxiliam na divulgação e busca por animais de estimação desaparecidos.
Na página, é possível encontrar informações sobre como lidar com animais peçonhentos em enchentes e sobre o resgate do cavalo “Caramelo” no Rio Grande do Sul.