Em outra impressionante demonstração das capacidades da biotecnologia, os cientistas utilizaram gelatina para criar uma inteligência artificial (IA) capaz de jogar vídeo games. O jogo em questão é o clássico “Pong”, lançado em 1972, no qual até uma IA de gelatina consegue jogar, de acordo com um estudo recente. Conectado a eletrodos, o material gelatinoso pode aprender a jogar o jogo e melhorar seu desempenho ao longo do tempo.
Os resultados da pesquisa mostram que materiais sintéticos podem usar uma forma básica de ‘memória’ para aprimorar suas capacidades. O autor do estudo, Yoshikatsu Hayashi, enfatizou que até materiais simples podem exibir comportamentos complexos, tipicamente associados a sistemas vivos ou inteligência artificial sofisticada.
A inspiração para desenvolver a IA de gelatina que joga vídeo game veio de uma invenção anterior chamada DishBrain, um chip com tecidos de neurônios capaz de jogar “Pong”. Hayashi se questionou se seria possível criar algo similar, mas utilizando materiais sintéticos. Para testar essa possibilidade, os cientistas transformaram hidrogéis em uma IA que joga vídeo game.
O estímulo elétrico nos hidrogéis faz com que os íons se movam pelo material, levando consigo moléculas de água e mudando a forma do hidrogel. Essa mudança na distribuição de íons funciona como uma espécie de memória física, influenciando o próximo conjunto de combinação de partículas.
A IA de gelatina foi capaz de jogar o “Pong” conectando-se a um jogo de computador por meio de eletrodos. Mesmo não alcançando uma taxa de acerto de 100% devido à limitação das informações recebidas, essa descoberta representa uma revolução. Esta pesquisa abre caminho para novas formas de desenvolvimento de materiais inteligentes que podem aprender e se adaptar ao ambiente ao seu redor.
