O Desafio Vesuvius propõe desenrolar virtualmente papiros carbonizados durante uma erupção do vulcão Vesúvio, na Itália. Os papiros foram encontrados em 1750 em uma mansão que pertenceu a Lúcio Calpúrnio Pisão Cesonino, sogro do imperador Júlio César. Eles foram salvos pela carbonização e a técnica para desenrolá-los foi desenvolvida em 2015, utilizando a digitalização por tomografia de raios X. O concurso lançado em 2023 visava investigar um dos rolos digitalizados no acelerador de partículas Diamond, no Reino Unido. Várias equipes trabalharam para identificar as letras e trechos escritos nos papiros, com a ajuda da inteligência artificial.
O resultado foi a leitura de 5% do texto, revelando que o autor questionava a relação entre a disponibilidade de bens e o prazer que proporcionam. O desafio não foi apenas uma competição, mas também uma colaboração entre cientistas para decifrar os escritos antigos. Os projetos vencedores receberam prêmios em dinheiro e as equipes disponibilizaram suas receitas de bolo no Github para incentivar o avanço no desenvolvimento computacional.
O foco das equipes agora é atingir 90% de leitura dos rolos digitalizados, em um desafio que já está em andamento. Além disso, o grupo de São Carlos se destaca por seu método computacional para análise de textura, que também pode ser aplicado em outras áreas, como a identificação de células tumorais em imagens. O desafio de 2024 promete mais avanços e descobertas nesse processo de decifrar os escritos milenares.