Inferno astral Big Techs estão na mira dos governos ao redor do mundo.

As Big Techs estão enfrentando as legislações de diversos governos ao redor do mundo. Empresas como Apple, Amazon, ByteDance e X (antigo Twitter) entraram na mira dos governos por conta dos conteúdos publicados em suas plataformas ou pela forma que agem com os consumidores em certos territórios.

O possível banimento do TikTok nos EUA

O caso mais recente de batalha entre Big Techs e governos envolve o TikTok e o governo dos EUA. Na última quarta-feira, o presidente americano, Joe Biden, sancionou uma lei que pode proibir a rede social no país. A legislação entrou em vigor porque os parlamentares afirmaram temer pela segurança de dados dos usuários.

Segundo o governo dos Estados Unidos, ByteDance — empresa responsável pelo TikTok — compartilha informações de perfis com o Partido Comunista da China. Porém, a empresa nega as acusações.

Com a nova lei, a ByteDance é obrigada a vender a operação do TikTok nos EUA para uma empresa fora da China. A empresa tem nove meses para obedecer à ordem. Caso isso não aconteça, a lei pode banir a rede social de todas as lojas de aplicativos e servidores do país.

Em resposta aos desdobramentos do caso, a ByteDance disse preferir desativar o TikTok a vender a plataforma. Nos próximos meses, a empresa vai tentar lutar contra a legislação do governo estadunidense.

Amazon recebe multa na Itália por supostas práticas comerciais ilegais

Já na Itália, a Amazon se tornou alvo de autoridades por supostas práticas comerciais ilegais. A gigante do e-commerce recebeu uma multa de 10 milhões de euros (cerca de R$ 54,7 milhões) por induzir consumidores a realizar ações específicas na hora da compra.

Segundo a apuração da Reuters, o governo italiano considerou que a Amazon “restringiu significativamente a liberdade de escolha dos consumidores” ao definir como padrão a opção de compra recorrente em vez da tradicional compra única em vários anúncios de produtos.

Para a autoridade antitruste da Itália, “o pré-agendamento da compra recorrente induz a pessoa a comprar periodicamente um produto — mesmo sem a necessidade efetiva — limitando assim a liberdade de escolha”.

Em resposta, a Amazon disse que vai recorrer à decisão. De acordo com a empresa, “todos os dias, os clientes se beneficiam do programa Assine e Economize, economizando dinheiro e tempo em entregas regulares de itens que usam rotineiramente”.