Mesmo com a redução do desmatamento na Amazônia, o bioma tem enfrentado um novo desafio: os incêndios em áreas de vegetação nativa ainda preservadas. Um estudo da revista científica Global Change Biology alertou que os incêndios em áreas de “florestas maduras” aumentaram em 152% no último ano, enquanto houve uma diminuição no total de focos de incêndio e desmatamento. As principais causas desses incêndios são as secas na região, cada vez mais frequentes e intensas.
Ao analisar imagens de satélite, os pesquisadores identificaram um aumento significativo nos focos de incêndio em áreas florestais. Esses incêndios nas florestas maduras são preocupantes não só pela perda de vegetação e desmatamento, mas também pela liberação de carbono armazenado. Além disso, a Amazônia registrou o maior número de focos de calor nos últimos oito anos no primeiro trimestre de 2024, sendo mais de 50% do total no país.
A seca na região tem agravado ainda mais a situação. As queimadas trazem impactos não apenas ambientais, mas também sociais para as populações locais. A elevação da inflamabilidade da floresta se torna um desafio para os agricultores, que muitas vezes usam o fogo como forma de manejo de áreas de subsistência.
Diante desse cenário, é fundamental a atuação conjunta dos órgãos ambientais em ações de prevenção e combate aos incêndios. Medidas urgentes são necessárias para reduzir os incêndios e garantir a preservação da Amazônia, um importante patrimônio nacional para o desenvolvimento sustentável.
O estudo completo pode ser acessado em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/gcb.17202.
