IA começa a ser utilizada para corrigir provas de estudantes.

Texas implementa inteligência artificial para correção de provas

O estado do Texas, nos Estados Unidos, está testando um novo modelo de IA (inteligência artificial) a fim de corrigir provas realizadas por estudantes do sistema regular de ensino. A ideia é substituir a maior parte dos examinadores humanos que trabalham avaliando a performance dos alunos da região.

Implementação do sistema de IA pelo Texas Education Agency

O Texas Education Agency, órgão responsável pela novidade, está implementando um sistema alimentado por um modelo de Processamento de Linguagem Natural — assim como ChatGPT. O governo local estima uma economia entre US$ 15 milhões e US$ 20 milhões por ano com o novo sistema.

Reorganização dos exames

Os exames testam o nível de conhecimento dos alunos sobre matérias do currículo básico. Com o novo sistema, as provas foram reorganizadas e agora possuem menos questões de múltipla escolha. Dessa forma, a maioria das perguntas presentes nessas provas serão discursivas, a fim de avaliar o nível de entendimento do aluno mais profundamente.

Normalmente, as respostas de questões mais abertas demandavam mais tempo para serem corrigidas em relação às de múltipla escolha. Isso porque exigiam maior tempo de leitura e concentração do examinador. Por isso, a ideia é que inteligência artificial ofereça maior eficiência durante as avaliações.

Ainda assim, cerca de 25% das provas corrigidas por IA serão também revisadas por alguns examinadores humanos. Isso porque os testes podem conter algum conteúdo que pode confundir o sistema automatizado. Por exemplo, a IA pode não interpretar ao pé da letra as respostas em idiomas que não são inglês ou que contenham gírias e expressões idiomáticas.

Desafios e questionamentos

Embora membros do Texas Education Agency estejam otimistas, o examinador de IA não é unanimidade entre educadores. Em alguns condados, o aumento da incidência de provas com respostas avaliadas com nota zero está levantando grandes dúvidas sobre a confiabilidade do modelo usado pelo estado norte-americano.