O Telescópio Espacial Hubble, um dos instrumentos mais importantes da astronomia moderna, completa 34 anos em órbita nesta semana. Lançado pela NASA em 1990, o Hubble revolucionou a compreensão humana do universo, fornecendo imagens de grande nitidez e dados fundamentais para a astrofísica. Durante mais de três décadas, o Hubble possibilitou a observação de fenômenos e estruturas cósmicas até então desconhecidas. Para celebrar o “aniversário” do equipamento espacial, destacamos algumas de suas principais descobertas.
O telescópio forneceu evidências decisivas da existência de buracos negros supermassivos no centro da maioria das galáxias. Embora vários desses objetos tenham sido encontrados nas últimas décadas, em 2023, o Hubble observou um deles pela primeira vez, conforme um estudo publicado na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society por um grupo de astrônomos norte-americanos.
Imagens detalhadas da Nebulosa Carina revelaram o processo de formação de estrelas, com estrelas nascendo em meio a nuvens de gás e poeira. Esta nebulosa, conhecida como NGC 3324, é um berçário estelar situado a 7.500 anos-luz da Terra.
Além disso, o Hubble identificou planetas fora do Sistema Solar e estudou as atmosferas de luas como Ganímedes e Europa, sugerindo a presença de água salgada e atividades geológicas. Recentemente, astrônomos descobriram um planeta chamado GJ 9827d, com cerca de duas vezes o diâmetro da Terra, sendo o menor exoplaneta encontrado com vapor de água em sua atmosfera.
Com mais de 16 mil publicações científicas utilizando seus dados, o telescópio Hubble contribuiu significativamente para o avanço do conhecimento astronômico. Mesmo após 34 anos em órbita, o Hubble continua operando e mantém-se como uma ferramenta essencial para a exploração do espaço e a educação científica. Este legado segue sendo alimentado com a possibilidade de o telescópio continuar operando até o final da década de 2020, e possivelmente por muitas décadas.
