Hepatite A: doença comum em enchentes pode ser prevenida com vacina

Na forma mais grave da doença, que ocorre em uma minoria dos casos, o paciente pode desenvolver insuficiência hepática aguda, uma condição que pode levar à morte. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a gravidade e a mortalidade são maiores em pessoas de idade mais avançada.

Não há um tratamento específico para a hepatite A, mas é fundamental evitar a automedicação e procurar ajuda médica para receber os medicamentos adequados que podem controlar os sintomas. Alguns medicamentos que são tóxicos para o fígado, como paracetamol, nimesulida e diclofenaco, podem piorar a situação e devem ser evitados.

A transmissão do vírus também pode ocorrer através do sexo oral-anal e do contato pessoal próximo, como entre pessoas que moram na mesma casa, pessoas em situação de rua ou crianças em creches.

A vacinação contra a hepatite A é essencial para prevenir a doença. Em áreas afetadas por enchentes, como atualmente no Rio Grande do Sul (RS), a propagação do vírus pode ser facilitada. Por isso, a recomendação de entidades médicas é que a população não imunizada, como adultos de 18 a 40 anos, gestantes, pacientes com doença hepática crônica ou renal crônica, imunossuprimidos e homens que fazem sexo com homens, recebam a vacina de forma emergencial.

Além da vacinação, outras medidas preventivas importantes incluem filtrar e ferver a água antes de beber, lavar as mãos com frequência, higienizar adequadamente os alimentos, cozinhar bem os alimentos antes de consumir, usar instalações sanitárias, adotar medidas rigorosas de higiene em locais públicos e evitar o contato com águas contaminadas.

É crucial seguir as orientações de prevenção para evitar a propagação da hepatite A, especialmente em situações de emergência como enchentes. Consulte a cartilha do Ministério da Saúde “Saiba como agir em caso de enchentes” para obter mais informações sobre como agir diante dessa situação.